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STJ Autoriza Penhora de Imóvel com Alienação Fiduciária por Dívida de Condomínio

  • Foto do escritor: Dra Camila Lanza
    Dra Camila Lanza
  • 24 de abr.
  • 2 min de leitura

Gavel jurídico com miniatura de imóvel financiado, simbolizando decisão judicial sobre penhora condominial.

Em decisão recente, a 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a possibilidade de penhora de imóvel alienado fiduciariamente para o pagamento de dívidas condominiais.


A medida representa um importante precedente no Direito Imobiliário, com reflexos diretos para proprietários, síndicos, instituições financeiras e advogados que atuam na área.



O que é a alienação fiduciária de imóvel?

A alienação fiduciária é um modelo de garantia usado com frequência no financiamento de imóveis. Nela, a propriedade do bem fica em nome do credor fiduciário (normalmente um banco), enquanto o devedor detém apenas a posse direta do imóvel. A propriedade plena retorna ao comprador após a quitação total do contrato.


Essa estrutura garante mais segurança para os financiadores, mas também levanta dúvidas em situações como inadimplência de taxas condominiais: quem responde pela dívida se o imóvel ainda não está no nome do comprador?



Penhora de imóvel com alienação fiduciária por dívida condominial: o que decidiu o STJ

O STJ decidiu que, mesmo que o imóvel esteja registrado em nome do credor fiduciário, é possível sua penhora para pagamento de dívidas condominiais. O fundamento da Corte foi a natureza propter rem da dívida — ou seja, uma obrigação que acompanha o bem, independentemente de quem seja seu titular.


📌 Destaques da decisão:

  • A penhora do imóvel é válida, desde que o credor fiduciário seja previamente citado;

  • O banco poderá optar por pagar a dívida ou acompanhar o processo de execução;

  • A execução atinge o próprio bem, e não apenas o direito de aquisição do devedor.


Essa decisão reforça o entendimento de que, mesmo em contratos com alienação fiduciária, o condomínio pode promover a penhora do imóvel se houver inadimplência — consolidando o tema da penhora de imóvel com alienação fiduciária por dívida condominial como uma nova realidade jurídica.



Impactos da penhora de imóvel com alienação fiduciária para o mercado

Essa decisão altera a lógica de cobrança de dívidas condominiais e impacta diferentes agentes:


🏢 Para condomínios:

  • Facilidade para recuperar créditos sem depender exclusivamente do comprador inadimplente;

  • Maior segurança jurídica para iniciar ações de cobrança contra imóveis financiados.


🏦 Para bancos e credores:

  • Risco de penhora da garantia fiduciária;

  • Necessidade de monitoramento mais ativo das dívidas associadas ao imóvel.


🧑‍⚖️ Para compradores:

  • Risco de perder o imóvel mesmo antes de finalizar o pagamento;

  • Reforça a importância de manter todas as obrigações em dia, incluindo taxas condominiais.



Impacto para advogados e profissionais do setor

Profissionais que atuam com execuções condominiais, contratos imobiliários e garantias reais devem revisar suas estratégias e práticas processuais. O entendimento do STJ pode levar ao aumento da efetividade das cobranças e à reformulação de cláusulas contratuais.



Conclusão: um marco na jurisprudência condominial

A decisão do STJ consolida um entendimento que favorece a coletividade condominial, reconhecendo a força da dívida vinculada ao imóvel, mesmo diante de garantias fiduciárias. Trata-se de uma evolução relevante na jurisprudência brasileira, que equilibra os interesses dos condomínios e dos credores financeiros.






 
 
 

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